terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Na embriaguez da criança.

Meu estado ébrio de observar os fatos.
Incorpora a verdade num copo de vinho.
 Toma meu corpo em afirmações conscientes.
De puras palavras limpas de falsidades.
Para quem quer que seja.
Eu transgrido o tempo movido pela maliciosa
inocência das crianças.
Que não cria barreiras para dizer verdades cruéis.
Para quem quer que seja.
Porque a ofensa não estar nas palavras reforçadas de sinceridade.
Está na escolha de camuflar o mal que te aflige.
E o bem que negas a teu próximo.

Tristeza, dor e morte.

Não preciso mais interpretar as revelações desse enigma.
Os sintomas estavam presentes demais para ignorar.
Chorei mas não consegui parar de viciar meu corpo apodrecido.
Ainda sinto minhas pernas, mas não a vejo.
Queria poder correr cortando o vento nessa tarde quente.
Mas o que posso fazer?
Sentado nessa varanda de paisagens comuns.
 Minha vida se inverteu, agora sigo a sanidade dos meus passos.
E não o vício que me tirava o fôlego.
Observo o muro de minha casa hollywoodiana.
Que tantas vezes embriagado ultrapassei meus limites.
 Hoje incorporando as projeções de minha vivência.
 As cenas estão passando lentas e eu assisto tudo.
Dos dias em que passei calado com dor.
Dos dias em que os pulmões em colapso tossiam sangue.
Dos dias em que morria a cada tragada.
Do dia em que acordei desse pesadelo de ser um suicida.
RhuanLuiz

Temperamento, postura, mulher. (A vida é mesmo assim I)


Entendi seu questionamento de não saber quem eu sou.
Mas tínhamos tempo para nos descobrirmos.
Então porque a pressa?
Suas decisões não me agradaram, porém vou acatar quieto.
Penso que sua atitude não a o que se discutir.
Que final triste tivemos que compartilhar.
Pensando no que falar um para outro depois de tantas declarações
sob um teto de personalidades tão distintas.
Novamente tornou-se acontecer.
Estou certo que aspiro por um entendimento muito maior que minhas limitações.
Vejo-me reservado numa herança orgulhosa.
 Porém você me pede esclarecimentos mais sólidos sobre mim.
No entanto é na cumplicidade que vou compartilhar minhas aflições e sentimentos.
Por você doei muitos carinhos e atenções
E sinto-me sufocar por não fazê-los mais.
Como se a necessidade de obter além do que nos era permitidos.
Fosse vital para a continuação da nossa curta relação.

RhuanLuiz