terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tristeza, dor e morte.

Não preciso mais interpretar as revelações desse enigma.
Os sintomas estavam presentes demais para ignorar.
Chorei mas não consegui parar de viciar meu corpo apodrecido.
Ainda sinto minhas pernas, mas não a vejo.
Queria poder correr cortando o vento nessa tarde quente.
Mas o que posso fazer?
Sentado nessa varanda de paisagens comuns.
 Minha vida se inverteu, agora sigo a sanidade dos meus passos.
E não o vício que me tirava o fôlego.
Observo o muro de minha casa hollywoodiana.
Que tantas vezes embriagado ultrapassei meus limites.
 Hoje incorporando as projeções de minha vivência.
 As cenas estão passando lentas e eu assisto tudo.
Dos dias em que passei calado com dor.
Dos dias em que os pulmões em colapso tossiam sangue.
Dos dias em que morria a cada tragada.
Do dia em que acordei desse pesadelo de ser um suicida.
RhuanLuiz

Um comentário:

  1. Gostei do texto, deu ate vontade de parar de fuma

    E o teu blog ta do caralho negão, muito massa, vou voltar sempre, arruma inspiração e escreve mais.

    abraço

    ResponderExcluir