sexta-feira, 2 de março de 2012

P. 13 de Maio


Nessa avenida passam veículos de todas as cores, formas, tamanhos.
Os prédios camuflam as árvores do parque à frente.
Os homens não são natureza pra gostarem tanto de si próprios.
Passam como se não olhassem para o lado, não se cumprimentam,
não fazem nada além de andar.
Será que o futuro está esvaindo-se com chegada da lua, minguando o sereno.
Se assim fosse, não teriam motivos para tanta pressa.
Ou seria uma corrida humana?
Estou refletindo!
A luz do semáforo está verde,
 o que pensar do sinal que coroa as persianas da mente.
 Entre o céu e o asfalto negro.
Seguir? Sigo! Seguir? Sigo! Seguir? Sigo!...
No entanto para onde?
Estou tão perdido que ao cruzar essa esquina irei encontrar.
Com a expectativa dizendo-me que pra onde eu vou,
 só existirá indiferenças.
Será esse o motivo de tanta pressa?
Viver é estar envelhecendo e nada mais..
Logo irei descobrir se continuar nessa corrida exaustiva.
Nessa ilha de calor o sol castiga atesta enrugada.
As buzinas ensaiam o esgotamento da paciência.
Para onde ir? Onde refugiar?
Nessa competição a última posição não é tão ruim.
A pressa é inimiga do prazer.
Por isso vou me recolher à sombra da formosa árvore do parque à frente.
Porque não estou apto em só olhar para o horizonte.
Sem saber o que me espera depois de cruzar o sinal verde da vida.


RhuanLuiz



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