domingo, 29 de janeiro de 2012

História da bela dama.


No quarto decorado de jóias e roupas glamorosas.
Choro solitária no canto da cama.
Sou cúmplice em uma aventura escrita sobre um desfecho miserável.
Eu que tanto repudiava beijos cheios de paixão.
Nas dramaturgias das oito.
Hoje lamento por não viver o fiel roteiro...
O bom cavalheiro que surgiu dos meus sonhos.
Revelou-se um homem nefasto.
Digno de vilão ardiloso.
Capaz de me envolver em sua graciosa aparência.
De palavras sedutoras repletas, porém de mentiras...
E que me levariam a sonhar em noites ao luar
sobre os telhados de Paris.
Regadas a caricias e beijos intermináveis.
Declarou-se apaixonado ao materialismo de minhas afortunadas riquezas.
E hoje.
Cinquenta invernos passados.
Tenho medo de ficar só na frieza do lar.
Por isso viverei em minha fábula sombria.
De final infeliz.


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